sexta-feira, 7 de outubro de 2016


água na boca,

bico da asa da cotovia

que embraça a vontade

à vontade de um ter, querer, conhecer

a vontade de um Ser.

sábado, 21 de maio de 2016

Às vezes e afinal ainda.

Aquele estranho sorrir que se prega
 à bochecha da cara e rasga lábios, olhos, orelhas.

E se estende, peito abaixo.

Um quentinho de ternura serena
Um olhar, um sorrir, palavras no som da concertina.


Tão simples, o Belo.

domingo, 12 de abril de 2015



do rubro adocicado de um cravo,
faço uma flor saudade.


promessa de flor de abril em cada sorriso rasgado.


quinta-feira, 9 de abril de 2015



Um rodízio.

De ignorância e incompetência.

De farsa, regada com sumo de laranja instantâneo. Sabes? Daquele mal saboroso.

Quase a afogar.... Argghhh!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014


farrapos de pele

esvoaçam no tempo da história da vida e

do mundo.


fantasmas azuis

que navegam na certeza de um abraço.


Ora embraçados.


ora em tormenta cerzida a carmim.


Afinal



folhas caídas


de Outono semeadas

na memória dos tempos


sem um princípio ou um fim.



terça-feira, 30 de setembro de 2014

Texturas da Vida: do áspero

a aspereza dos dias embala os passos e entropece o pensamento.

de declive em declive perde-se a suavidade da idade e do tempo.

a contradição da vontade e da possibilidade,

o fechamento de si em si,

o luto e a saudade.

o disfarce áspero da tristeza enfurecida.

a aspereza do silêncio ensurdecedor.

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