sexta-feira, 22 de julho de 2011

quando a existência assume a dimensão de um ponto de luz na imensidão do

universo

o absoluto

navega no vazio eterno do Ser

e a realidade

esfuma-se na infinitude da possibilidade do existir.
raros aqueles com que falamos no silêncio.


os que nos compreendem,

aqueles a quem julgamos compreender.


inócua a confiança da vontade e da razão

nessa presença comungada.

terça-feira, 19 de julho de 2011

sem rodeios.

Tempo de sol e de festa

Alegria temperada de amizades

De vinho e de calor.



No ressoar dos sinos parto para a caminhada da noite

E espero por ti. Ao anoitecer.

Insondáveis desejos

toldam o pensar.

Andar à roda ou olhar sem rodeios?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

na dor da morte esvanece a certeza do dia.

o afago do silêncio perpetua a presença inolvidável do tempo e da vida inacabada.

e a ternura oprime a razão.

sábado, 9 de julho de 2011

a bandeira esvoaça na noite

e uma Lua de esperança

cinge o Olhar.


pela madrugada,

o azul transparente da geada


enternecido no amarelar dos dias,


convida à paz e ao silêncio chilreante da Vida.
Um milhão de alinhavos de luz

pontea as margens do sonho e da realidade.

O desconcerto.

no encontro da(s) existência(s).

quarta-feira, 6 de julho de 2011

As mães moem as mãos

amassam o pão, magoam os dedos,

mãos que maturaram

em cada instante de suor e ternura

e abraçam o tempo

na eternidade das pequenas mãos que,

com a vontade da presença vivida,

as apertam e apelam ao Amor,

berço do conforto do Ser.

O lobo.

Na procura dos tempos vejo-me desencontrada com as dissimulações humanas da Vida.

Reter o momento, despir-me de sentido e olhar de fronte o lobo é tarefa eximia para tão pequena gente.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

e a lua desperta.

e a lua desperta

linha perfeita de vida

desenhada no firmamento de todas as venturas.

só e plena de Ser.

Being..

acordo e desperto o olhar.

o peso da vida sufoca-me o peito,

o limbo da caminhada atordoa o pensar, entorpece os meus passos.

um sol mais incendeia a minha rua e obriga, quente, a marcha dos dias

que se esforça,
em desalento matinal de intemperadas escolhas e insanas vontades,
em ser mais,

outro,

saltimbanco da história e da morte.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pelas aventuras do sonho perdi-me a navegar, balanceado ao som da aurora e da geada.

O terror incendiou o corpo logo esvaindo-se numa torrente de mar e de areia.

Em ti desembarquei e sem ti caminhei.

Na real manhã parti inebriada pela necesidade do Trabalho e da Vida,

motores da acção e horizontes de Sentido.

Contigo sem ti andei e produzi.

E um novo dia mais

Vivi.

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