domingo, 27 de novembro de 2011

sideral existir.




Do eixo da Terra transborda, circundante,

a gravitação da vontade térrea.


Atraidos ao chão,

os corpos fixam a proximidade do real e,

envoltos de atmosfera,

protegem-se do pairar desconcertante do espaço sideral,

do vazio que os transporta para o terror do incerto

e para o medo que, vertiginosamente, os atrai.


Na construção do futuro,

a vontade endurece e as amarras da vida ancoram os seres à sua (in)

significante presença, na (in)

consciência da irredutivel marcha para o vazio de si.


No Outro, o sisal da vida e da vontade,

o eixo em que gravita a eternidade do Eu.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

À Luta!

No raiar do quotidiano as horas passam erguidas em anzois de luz.


As mulheres arranjam canteiros coloridos e cuidam dos fios de vida que entrelaçam os dias.


Os homens martelam madeira, peneiram cimento, lucram o dia.


A luta veste caminho e ergue-se no espaço,


dando voz e coragem para o confronto,


contra o ideário da certeza despida de vida e armada de fome e de exploração,

a certeza que aos homens rouba a madeira e o cimento

e às mulheres colhe, feroz, as flores do seu jardim.


À Luta, por dias melhores ! À luta pelos direitos de quem trabalha !

domingo, 20 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Turgias..

Tenho no meu armário um mar de turgias

enlameadas no tempo e empoeiradas de vida.

Sacudo o pó e sopro o tempo da inutilidade feita coisa.

Coisa turgida de excesso e de medo, coisa vencida na saudade de mim mesma.

Turgias guardadas, saudades vencidas.

E o vento...

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